Campanha agora é 'da esperança contra o ódio', afirma Lula
"Nós estamos fazendo
uma campanha atípica, perigosa, porque se em 2002 fizemos uma campanha da
esperança contra o medo, agora é da esperança contra o ódio", afirmou
Lula, se referindo a xingamentos de parte da torcida a Dilma no jogo de
abertura da Copa. "Foi falado palavrão de um setor em que as pessoas não
sabem o que é a palavra 'calo na mão', porque aquelas pessoas tinham cara de
tudo, menos cara de trabalhadores desse país", afirmou.
Foi falado palavrão de um setor em que as pessoas não sabem o que é a
palavra 'calo na mão', porque aquelas pessoas tinham cara de tudo, menos cara
de trabalhadores desse país"
Lula
Apesar da presença de Lula,
do prefeito Fernando Haddad e do senador Eduardo Suplicy, que busca a
reeleição, o evento não contou com presidente Dilma Rousseff, que cancelou a viagem na tarde de sábado (14)
e permaneceu em Brasília.
Lula disse que o sentimento
negativo em relação ao PT vem da "elite conservadora", segundo ele,
incomodada com a ascensão social. "Não todos, mas algumas pessoas se incomodam
com pobre entrando em restaurante, ou passeando no Parque Ibirapuera, indo para
o teatro, agora que temos o vale-cultura, andando de avião. Uma parte do ódio
está nisso e não é de toda elite, não, mas é de uma parte conservadora",
afirmou.
Após mencionar realizações
de várias administrações locais e estaduais do PT desde sua fundação, Lula
disse que o PT mudou o "padrão de governança" e "mostrou para a
elite desse pais que a gente pode governar melhor do que eles".
Em boa parte de seu
discurso, Lula criticou os governos do PSDB e rebateu declarações dos
adversários realizadas neste sábado na convenção que oficializou a candidatura
de Aécio Neves à Presidência da República.
"Agora, ontem o candidato dizia 'Vai ter um tsunami que vai varrer o PT do Brasil'. Ora, por que que eles não colocam o tsunami para trazer água de volta para o Sistema Cantareira, que seria muito mais fácil, que estaria ao alcance deles?", afirmou, em referência à crise no abastecimento de água na capital paulista.
"Agora, ontem o candidato dizia 'Vai ter um tsunami que vai varrer o PT do Brasil'. Ora, por que que eles não colocam o tsunami para trazer água de volta para o Sistema Cantareira, que seria muito mais fácil, que estaria ao alcance deles?", afirmou, em referência à crise no abastecimento de água na capital paulista.
Em outro momento, Lula
abordou a corrupção, dizendo que "tem muita gente do PT que fica
agoniada" com o tema e "que deixa muita gente com veronha". O
ex-presidente então disse que o governo petista foi o que mais criou mecanismo
de combate à corrupção, argumentando que investiu na Polícia Federal para
investigar e garantias ao Ministério Público.
Depois, sem citar o nome,
fez uma referência ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Ainda
ontem na convenção deles vi o ex-presidente falar com a maior desfaçatez 'é
preciso acabar com a corrupção'. Ele devia dizer quem é que estabeleceu a maior
promiscuidade entre Executivo e Congresso Nacional quando ele começou a comprar
voto para ser aprovada a reeleição em 1996", afirmou.
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