Novembro de 2015 tinha tudo para ser apenas um mês. Entretanto, tornou-se um mês que ficou marcado na história da humanidade por razões que ninguém desejaria: tragédias. O rompimento das barragens da mineradora em Mariana, em Minas Gerais, e o atentado terrorista em Paris, dias mais tarde, chocaram pessoas ao redor do mundo, gerando grande comoção nas redes sociais. Aliás, olhando por este lado, Novembro realmente foi apenas mais um mês como tantos outros.
Porque o que foi percebido, foi que após a tag #PrayForParis chegar aos topos dos comentários mundiais no Twitter e Facebook e várias pessoas aplicarem as cores da bandeira da França em suas fotos de perfil, muitos brasileiros começaram a questionar tal posicionamento, afirmando que deveríamos nos preocupar com o que acontece em nosso país, e não com o que é de fora. Então, começou a discussão. De um lado, aqueles que tomavam para si as dores francesas como parte integrante da cultura ocidental. Do outro, aqueles patriotas que olhavam pelos seus antes de qualquer coisa. E ambos postavam textos e mais textos discutindo sobre qual tragédia teria sido maior.
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Desde que o Brasil foi escolhido para sediar a Copa, em 2007, autoridades de Brasília têm exaltado o potencial do torneio para gerar empregos, acelerar investimentos em infraestrutura e atrair turistas com os bolsos recheados de dólares.
"O Mundial é uma oportunidade histórica para promovermos desenvolvimento socioeconômico no âmbito local e nacional", disse à BBC Brasil Joel Benin, assessor para Grandes Eventos do Ministério dos Esportes.

"Ele gerará 3,6 milhões de empregos, movimentará R$ 65 bilhões (este ano) e deixará um legado importante na área econômica".
Nas últimas semanas, porém, alguns analistas têm advertido que o torneio pode decepcionar aqueles que esperam um efeito econômico significativo – seja no curto ou no longo prazo.
Dois relatórios recentes, da agência Moody's e da consultoria Capital Economics, por exemplo, chamam a atenção para o pequeno peso em relação ao PIB dos gastos potenciais dos turistas e investimentos em infraestrutura ligados ao evento.
"Nem o impacto econômico imediato da Copa nem seu legado devem ser expressivos", acredita Neil Shearing, economista-chefe da Capital Economics para Mercados Emergentes.
"Mesmo os aportes em aeroportos, redes de transporte e infraestrutura urbana não chegam a 0,5% do PIB. Depois de décadas de escasso investimento nessas áreas, não é isso que vai aliviar os gargalos estruturais da economia brasileira."

Acadêmicos como Pedro Trengrouse, consultor da ONU para o Mundial e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Wolfgang Maennig, especialista em economia do esporte da Universidade de Hamburgo, concordam com essa avaliação.
"O governo resolveu apresentar a Copa como solução para questões estruturais do país", diz Trengrouse.
"A Copa é, basicamente, uma grande festa. Foi um erro associar o torneio a obras de infraestrutura que deveriam ter sido feitas há muito tempo para o Brasil continuar crescendo. Ao final, criou-se uma expectativa econômica que não pode ser atendida", completa, referindo-se ao fato de obras de mobilidade urbana e a ampliação de aeroportos terem sido incluídas na chamada Matriz de Responsabilidades da Copa - documento reunindo todos os projetos relacionados ao torneio.
Diante dessas críticas, fica a dúvida: afinal, o impacto econômico do Mundial pode mesmo decepcionar os que esperavam que ele funcionasse como um catalisador da expansão dos investimentos, renda e emprego no país? O evento terá ou não um impacto "significativo" na economia, como promete o governo?
Estudos contraditórios
A resposta depende, primeiro, do que se define pelo termo "significativo". Segundo, de uma série de cálculos que só poderão ser concluídos depois do Mundial.
Embora nos últimos anos tenham sido feitos diversos estudos para estimar os possíveis efeitos da Copa na economia, seus resultados divergem.
De um lado, estão as pesquisas mais otimistas, citadas pelo governo.
Em 2010, um levantamento encomendado pelo Ministério dos Esportes à consultoria Consórcio Copa 2014 estimou que os "impactos econômicos potenciais" do torneio chegariam a R$ 183,2 bilhões até 2019 - sendo R$ 47,5 bilhões de "efeitos diretos" (como investimentos em infraestrutura e serviços ou gastos de turistas) e R$ 135,7 bilhões de efeitos indiretos (que incluem, por exemplo, os ganhos dos fornecedores das construtoras responsáveis pelos estádios).
No mesmo ano, outro estudo, feito pela Ernst & Young em parceria com a FGV estimou um impacto econômico semelhante: R$ 142 bilhões movimentados até 2014 e a geração de impressionantes 3,6 milhões postos de trabalho.
"A Copa vai produzir um efeito cascata surpreendente nos investimentos no País", dizia o estudo. "A economia deslanchará como uma bola de neve, sendo capaz de quintuplicar o total de aportes aplicados diretamente na concretização do evento e impactar diversos setores."

É com os cenários desses dois relatórios que o governo trabalha ainda hoje.
"Não houve exagero - as nossas previsões ainda são essas", diz Benin.
"Essas estimativas iniciais foram confirmadas por um terceiro levantamento, da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que mostrou que a Copa das Confederações (evento-teste para o Mundial) movimentou R$ 20,7 bilhões em 2013. Foi com base nesse cálculo que estimamos um mínimo de R$ 65 bilhões a serem movimentados pelo Mundial (este ano)."
Ceticismo
Do outro lado, porém, outros estudos sustentam que essas previsões são superestimadas.
Entre eles, está um trabalho de 2012 do professor de economia da Unicamp Marcelo Proni, para quem os cenários iniciais não consideraram o desaquecimento econômico dos últimos anos - que teria inibido investimentos em áreas como hotelaria.
Outro levantamento, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também tem cifras bem mais modestas. "Pela nossa estimativa, o total de empregos gerados pelo torneio seria de apenas 158 mil", exemplifica Edson Paulo Domingues, um de seus autores.
Maennig, da Universidade de Hamburgo - que vem estudando há anos os efeitos econômicos da realização de Copas do Mundo e Olimpíadas - é bastante cético sobre o impacto dessas competições.
"Estimativas infladas de geração de emprego e renda são comuns em eventos desse tipo porque os governos precisam justificar seus gastos com estádios e instalações esportivas", diz Maennig, campeão olímpico de remo pela Alemanha Ocidental.
Ele explica que seus estudos não captaram nenhum efeito econômico significativo analisando a realização de Copas e Olimpíadas em diversos países.
"Com uma Copa temos um ganho concreto no bem estar da população. As pessoas ficam mais felizes - mas é só", diz.
"Os empregos criados costumam ser temporários e é difícil prever se não teríamos mais benefícios econômicos investindo o dinheiro dos estádios em outro lugar."
Mas quais estimativas estão corretas?
"A verdade é que só poderemos começar a colocar os números à prova em 2015 ou 2016, quando tivermos disponíveis todos os dados relativos aos PIBs regionais e municipais, emprego, turismo e etc.", explica Domingues.
Falta de euforia
De acordo com Trengrouse, até as estimativas da FGV já precisariam ser atualizadas.
Primeiro porque foram feitas mudanças na lista de projetos ligados ao evento (a Matriz de Responsabilidades da Copa). Alguns não saíram do papel. Outros foram incluídos de última hora.
Depois porque em 2010 "se esperava que a Copa geraria um clima de euforia entre a população que, ao menos até agora, não se materializou" – o que, segundo Trengrouse, acabaria se refletindo em um nível de consumo mais baixo durante o Mundial.
"Quando a pesquisa foi publicada, cerca de 80% da população, ou mais, apoiava a realização dos jogos no Brasil", lembra ele.
Nesse meio tempo foram organizados os protestos em que ganharam força slogans anti-Copa.
Hoje, 55% dos brasileiros acreditam que o Mundial trará mais prejuízo que benefícios para o país segundo uma pesquisa Datafolha.
"Quanto mais animadas, mais as pessoas tendem a consumir, decorar suas casas, comprar camisetas e adereços, então precisamos esperar para entender até que ponto essa falta de euforia será revertida até o início dos jogos - e, se for o caso, computar seus efeitos econômicos", diz o professor da FGV.
Interpretações dissonantes
Além da divergência sobre os dados econômicos também há interpretações dissonantes sobre o que os números significam.
As avaliações da Moody's e da Capital Economics, por exemplo, não contestam as estimativas do governo. Apenas notam que todos esses bilhões de reais movimentados ao longo de quatro anos nas preparações para o evento não representam muita coisa em uma economia de R$ 4,8 trilhões como a brasileira.
Ou seja, segundo tais avaliações, os efeitos da Copa não seriam "significativos" para a economia como um todo.
Além disso, os consultores lembram que, como se referem a investimentos feitos no período 2010 – 2014, a essa altura, a maior parte do impacto desses recursos já deveria ter sido sentida.
A Capital Economics, ressalta, por exemplo, que as estimativas iniciais do governo (que acabaram sendo revistas) previam investimentos diretos em estádios e infraestrutura de R$ 23 bilhões até 2014 – menos de 1% do PIB.
No caso dos turistas, os consultores calculam que se os 600 mil visitantes esperados pelo governo de fato desembarcarem nos aeroportos brasileiros, devem gastar um total de US$ 3 bilhões (R$ 6,7 bilhões) – apenas entre 0,1% e 0,2% do PIB.
É claro que mesmo que os analistas céticos estejam certos – e o impacto na economia como um todo não seja importante, a Copa ainda pode ter um efeito expressivo em alguns lugares e para alguns setores em especial.
Quem ganha
Domingues acredita que em certas cidades, como Cuiabá, por exemplo, o aumento do fluxo de visitantes durante o torneio e as melhorias de infraestrutura de fato podem representar um impulso importante para a economia local.
Maennig lembra que na Alemanha a indústria do futebol recebeu novo fôlego com o Mundial – o que poderia ocorrer também no Brasil.
Entre os setores mais beneficiados pelo evento estão a construção civil e o turismo. No varejo, as vendas de televisão podem crescer nas próximas semanas segundo o economista Christian Travassos, da Fecomercio-RJ.
Por outro lado, no curto prazo, muitas empresas também devem computar perdas com os feriados decretados por conta do torneio.
"Algumas empresas vão ganhar e outras vão perder. Nossas estimativas são positivas, mas ainda é difícil prever o saldo do evento para os próximos meses", afirma Bruno Fernandes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Para ele, no longo prazo, o legado econômico do Mundial dependerá da imagem que o Brasil projetará internacionalmente.
Benin, assessor do Ministério dos Esportes, diz que a infraestrutura da Copa fará o Brasil ganhar espaço na agenda de torneios esportivos globais. E o ministro Aldo Rabelo tem repetido que o torneio ajudará a atrair investimentos e turistas - embora seja difícil estimar o impacto dos atrasos e acidentes em obras do Mundial nas percepções de empresários estrangeiros.
"Tentamos ser otimistas, mas se a Copa for um fiasco em termos de segurança e transportes será mais complicado atrair visitantes e investidores daqui em diante", diz Fernandes.

Fonte: BBC Brasil

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/97/Gregorio_duvivier_out_2009.jpegA última coluna que escrevi falava sobre a falta de opções do eleitor carioca: todos os principais candidatos ao governo do Estado estão sendo julgados por crimes de corrupção. Muita gente me escreveu dizendo que o "Brasil não tem jeito" e que também está louco para sair daqui. Queria escrever pra essas pessoas e dizer que eu não pretendo sair daqui tão cedo.
A democracia, entre muitos presentes, nos deu este: a gente pode falar mal do Brasil à vontade. Já faz quase 30 anos que a gente pode. Mas parece que a gente só faz isso da vida.
A melhor maneira de não incomodar ninguém é falar mal de todo o mundo. Se eu disser que todos os políticos são corruptos, todo o mundo adora -inclusive, e principalmente, os corruptos, que estão sendo colocados no mesmo saco dos honestos. O discurso do "ninguém presta" parece o discurso mais corajoso do mundo, mas é o mais chapa-branca.
Ninguém se cansa de repetir: "o Brasil não tem jeito", "a corrupção no Brasil é endêmica", "brasileiro não aprende", "o problema do Brasil é o brasileiro". Tudo isso é dito, claro, por brasileiros. Repare que não dizemos: nosso problema somos nós mesmos. Não. O problema do Brasil são os outros, diria Sartre, se fizesse vlogs.
Nunca vi alguém dizer: o problema do Brasil sou eu, que como carne, ando de carro, não reciclo o meu lixo, recebo dinheiro como pessoa jurídica e não lembro em quem votei pra vereador. A culpa é minha, pessoal. Em minha defesa, estou tentando mudar.
Outro dia um autoproclamado filósofo brasileiro que mora nos EUA vociferou: "O povo brasileiro é o povo mais covarde, imbecil e subserviente do universo". E muita gente (brasileira) aplaudiu, provando que talvez ele estivesse certo -mas única e exclusivamente em relação aos seus leitores. Não sei qual é a solução para os nossos problemas, mas se mudar pra Veneza ou pra Virginia certamente não é.
Quantas vezes você já não ouviu a frase: "É por isso que o Brasil não vai pra frente"? Independentemente da razão do nosso atraso, essa frase é uma mentira. Mesmo o crítico mais contumaz do governo (governo este do qual não sou eleitor nem fã) há de concordar que o Brasil vai pra frente, sim. Devagar, aos trancos e barrancos, algumas vezes à revelia do governo -mas vai pra frente. Em contrapartida, nossos intelectuais estão ficando pra trás. 
 
Gregório Duviver em Foha de SP

Você está sentindo falta de alguma coisa que o faria feliz, leitor amigo? Acha que o estado tem a obrigação de fornecê-la a você? Parta para a porrada que a presidente Dilma cede. Mas não se esqueça de juntar algumas pessoas, parar uma avenida, invadir alguma propriedade e gritar slogans em nome da igualdade e da justiça. Guilherme Boulos, o coxinha de extrema esquerda e líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), prometeu derramar sangue durante a Copa do Mundo, e o governo federal cedeu à sua chantagem. Segundo informa a reportagem  da Folha, o governo federal vai construir casas na invasão conhecida como Copa do Povo, a 3,5 quilômetros do Itaquerão — e isso significa, então, que o terreno, que é particular, será comprado — vamos ver se pelo governo federal ou pela Prefeitura.
Segundo Boulos informou ao jornal, o governo federal dará — atenção! — um subsídio de R$ 76 mil para cada uma das 2 mil casas que devem ser construídas na região. Assim, pessoas que aguardam pacificamente há anos por uma moradia de um dos programas oficiais devem se sentir umas estúpidas, umas idiotas, umas trouxas. O próximo passo, claro!, é se ligar aos extremistas para conseguir mais depressa o seu teto. Segundo o rapaz, as casas serão feitas pela própria construtora Viver, dona da área, num projeto que contará com a parceria do MTST — que passa, assim, a ser o maior gerenciador de moradias do país, não é mesmo?
Boulos diz ainda que o teto salarial dos beneficiários da Faixa 1 do programa será aumentado de R$ 1.600 para R$ 2.172. A Secretaria-Geral da Presidência, cujo titular é Gilberto Carvalho, por sua vez, anunciou a criação de um grupo interministerial com o objetivo de mediar conflitos, formado pelos ministérios das Cidades, Justiça e Direitos Humanos, além, claro, da própria secretaria. A coisa parou por aí? Não! Os ditos movimentos de sem-teto já têm direito a cotas de moradias do programa “Minha Casa Minha Vida” — cada um leva um lote de mil. Agora, Carvalho anuncia que será de quatro mil.
Vejam que fabuloso! Esses grupos privatizam o bem público. Embora se apresentem como “movimentos sociais”, são, na verdade, sócios do poder. Leiam post publicado na tarde de ontem. Desde a eleição de Fernando Haddad, em outubro de 2012, 50 prédios foram invadidos no Centro de São Paulo, onde moram 20 mil pessoas. Boa parte delas paga um aluguel de R$ 200 ao MTST por aquilo que não pertence ao movimento. Esses são os interlocutores de Dilma, a quem ela quer dar uma parte do poder, por intermédio Decreto 8.243. Mais um mandato, e Dilma conduz o país para um buraco não apenas econômico, mas também institucional.

Por Reinaldo Azevedo
O negócio da FIFA é cuidar do futebol, não é não?
É fazer com que o futebol se mantenha esse esporte encantador, imprevisível, linguagem universal que traduz alegria, tristeza, superação, enfim, emoção em todas as línguas.
Essa história de cuidar de estádio, de estrutura, de banheiro, de catraca, de entorno, de legado e o escambal, vamos ser sinceros, não é com a FIFA.
Para isso, é só ter muito dinheiro, contratar a pessoa certa, se associar a uma turma boa e pronto! Com isso se consegue um lindo estádio, com ótimos banheiros, segurança impecável; uma excelente gráfica para imprimir ingressos maravilhosos; um poder público eficiênciente como parceiro, que apronta um entorno com muita infra-estrutura; coloque a copa num país responsável e o legado será histórico.
YASUYOSHI CHIBA/AFP/Getty Images
Ingressos Copa do Mundo Fifa 2014 18/04/2014
Ingressos Copa do Mundo. Bonitos.
Esse seria um tal padrão FIFA para escolha de parceiros, que não vem ao caso, e é melhor mesmo nem falar disso.
O resto é futebol, e futebol teria que ser com a FIFA.
O único quesito em que a FIFA pode se arriscar a ditar um padrão é o futebol.
E no quesito futebol, o padrão FIFA está se mostrando um fiasco.
Para analisar isso é simples.
Basta olhar a Copa do Mundo, organizada de 4 em 4 anos, evento pretensamente de excelência da dona do jogo.
É nele que deveriam estar os caras mais brilhantes, dando as demonstrações inquestionáveis de como é que se joga em altíssimo nível.
Mas nesse evento, a poderosa entidade não consegue fornecer dois meses para que as seleções se reúnam, treinem, joguem e levantem a taça.
Façamos as contas: Os campeonatos espanhol, italiano e francês só terminaram no dia 18 de maio; a final da Liga Europa foi no dia 14 de maio; a final da Liga dos Campeões da Europa foi no dia 24 de maio, todas estas datas estão distantes menos de um mês da abertura da Copa, no dia 12 de junho. Ou a menos de dois meses da final, dia 13 de julho.
E aí estão apenas exemplos europeus. Os nacionais no Brasil, Argentina, México, Colômbia foram até o final de maio.
Feita essa conta, é de supor que a FIFA está entre as organizações que seriam capazes de garantir uma Copa com os melhores craques do mundo, mas não consegue isso.
Getty
Secretário-geral da Fifa, Jèrôme Valcke, durante entrevista no Rio de Janeiro
Secretário-geral da Fifa, Jèrôme Valcke. E o futebol?
Com um calendário um pouco mais tranquilo, com tempo um pouco mais hábil, sei lá se no inverno, verão, primavera, qualquer época, a Colômbia poderia contar com Falcão Garcia; a França não precisaria cortar Ribery; a Espanha traria Jesus Navas; Walcott viria com a Inglaterra; Van der Vaart não seria abandonado na Holanda e por aí vai.
E isso sem contar outra enorme lista de craques que chegam ao mundial em petição de miséria. Nada menos que o melhor do mundo, Cristiano Ronaldo, lidera a relação, que tem também Luiz Suárez, Xavi, Van Persie, Philipp Lahm, uma porção.
Uma copa com esses caras todos em plena forma garante um atestado de qualidade superior ao ISO 9000, que é um padrão de qualidade mundialmente reconhecido para qualquer produto.
Enfim, o que resta para esse mundial está longe de ser a nata da nata do futebol no planeta.
Não é o melhor. Será, no máximo, o futebol padrão FIFA, que é uma coisinha meia-boca.

Luís Calvozo


Confira o primeiro vídeo da equipe do Papo de Velho na integra.

  

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