Novembro de 2015 tinha tudo para ser apenas um mês. Entretanto, tornou-se um mês que ficou marcado na história da humanidade por razões que ninguém desejaria: tragédias. O rompimento das barragens da mineradora em Mariana, em Minas Gerais, e o atentado terrorista em Paris, dias mais tarde, chocaram pessoas ao redor do mundo, gerando grande comoção nas redes sociais. Aliás, olhando por este lado, Novembro realmente foi apenas mais um mês como tantos outros.
Porque o que foi percebido, foi que após a tag #PrayForParis chegar aos topos dos comentários mundiais no Twitter e Facebook e várias pessoas aplicarem as cores da bandeira da França em suas fotos de perfil, muitos brasileiros começaram a questionar tal posicionamento, afirmando que deveríamos nos preocupar com o que acontece em nosso país, e não com o que é de fora. Então, começou a discussão. De um lado, aqueles que tomavam para si as dores francesas como parte integrante da cultura ocidental. Do outro, aqueles patriotas que olhavam pelos seus antes de qualquer coisa. E ambos postavam textos e mais textos discutindo sobre qual tragédia teria sido maior.
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Comumente podemos ver filósofos e pensadores com belos discursos sobre o curso da vida e suas facetas, o muito falatório a respeito disso nos leva a pragmáticas atitudes ao longo de nossa vida pensante, contudo a vida apresenta um cardápio de tudo o que se pode viver e experimentar. Certo homem saiu de seu emprego em um sábado em direção ao que de costume fazia, ir ao bar gastar o dinheiro que ganhara referente ao trabalhado na semana, com todo o direito de fazê-lo, já que morava só e não dependia de ninguém e muito menos havia pessoas que dependiam dele.

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Passadas as várias etapas de desconstrução e reconstrução dos nossos conceitos, adotando como princípio norteador a autenticidade, chegamos aos impasses de encontros e desencontros da vida, ocasionados diretamente por essas mudanças.
Quando você chega no momento da sua vida em que você decide que é hora de ter liberdade de pensamento e que não estará mais preso e acorrentado a conceitos alheios, preconceitos e até mesmo a conceitos errados, você se depara com uma experiência assustadora. Imagine que você cai de paraquedas em uma zona de guerra, todo equipado com proteções e armamentos, porém você não sabe usar nenhuma das ferramentas, imagina que louco? Então, se você clareia seus pensamentos e velhas opiniões, é como se fosse você colocasse a falta de senso de um bebê dentro de um corpo adulto. Você está totalmente suscetível ao erro e ao desencontro.

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Parei para pensar no que rimava com janeiro. Carteiro. Os carteiros parecem felizes nos filmes, não? e só são necessários quando a tal carta possui um conteúdo romântico ou trágico. Lembro que li alguma história que falava sobre uma senhora que amava receber cartas, ela adorava o fato de poder ler, reler, olhar por horas a escrita, pensar sobre o assunto, ou os vários assuntos contidos nela. a carta é uma pausa em um tempo que ninguém para pra nada.

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Certa vez falaram que existia um lugar bonito que você iria depois que morresse, contudo existia outro lugar horripilante que você iria depois que morresse também. Não se sabe muito, se sabe que você vai para um ou para outro assim que morre. Assim pensava a Garota do Igaraçu, mergulhada em dúvidas sobre o que viria depois. Ela andava sempre preocupada, sempre amedrontada. Parecia que ela já vivia o lugar horripilante aqui na terra, era como se ela usasse óculos cinza, a ótica era sempre a mesma. O amanhã sempre a trazia medo e o ontem remorso, e o que falar do hoje? Um trágico e mero excremento de vida. Sentada à beira do rio Igaraçu (por isso era chamada de Garota do Igaraçu), ela refletia sobre a vida, refletia o quão certa ou errada ela poderia está, afinal quem nunca parou para pensar isso? Assim, ela respirava fundo e viajava em pensamentos, pensava no futuro, pensava na morte, pensava no lugar esplendorosamente bonito, pensava no lugar horripilante, pensava em sobre a existência de um Deus, sobre a existência do bem e do mal. Assim ela procurava saber se era realmente feliz, procurava entender sua existência. Bem, sua mente era uma caixa de surpresas, sua visão de mundo era cinza.

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Eu limpei, guardei, enfileirei cada parte do meu quarto. Os azulejos que eu lavei como se fosse a minha alma, refletia a luz do sol pela manhã, mas em mim refratava. Eu estou em uma velocidade que não é a minha, e não estava tentando voltar ao meu normal, eu estava deixando porque nada é de todo ruim, e por mais que eu não goste de generalizações, isso me cabe bem. Eu quero observar o pôr do sol até conseguir ser eu mesma. 

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Tão antiquado era ser moderno, ela não queria ser moderna, potencialmente predisposta para o novo. Ela não gostava do novo, ela não gostava de muitas coisas, porém era feliz. A mulher que não queria ser esposa descobriu que ser mulher era mais interessante, sentia medo da posse, não exatamente da posse, de ser possuída. Seu psicólogo falou “Não posso decifrar sua mente, no mínimo você precisa de Freud e Sheldon juntos”, assim ela viu que não precisava de psicólogo. Ela só sabia de duas coisas, que não queria ser esposa e que queria ser mulher.

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Nem sempre tudo está tão claro nas nossas vidas, no entanto ao decorrer dos poucos anos vividos e dos conceitos que reorganizei em minha vida, fui percebendo que quanto mais pessoas iam e vinham no meu dia-a-dia, mais desgastado eu ficava.Acredito que todos um dia ou outro chegamos a essa fase em que nos sentimentos esgotados devido a quantidade de atenção que somos obrigados a dar as pessoas que nos rodeiam, isso nos leva a um pequeno estado de isolamento. Sabe quando te ligam ou te mandam uma mensagem “vamos sair? ”, ou, “vamos comer em tal lugar hoje à noite? ”, daí você simplesmente não quer ir e dá uma desculpa qualquer, não que não gostemos mais dos nossos amigos, mas as vezes só queremos ficar sozinhos, as vezes só queremos a companhia do travesseiro e da Netflix.


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Quando se fala em colecionadores todos já pensam nos graciosos e valiosos tesouros que eles possivelmente guardam, claro, muitos deles são apenas sentimentais e nem tanto de valores reais. O que realmente não pensamos é como um colecionador começa a sua paixão por tais itens.
Na verdade minha real paixão eram atitudes, eu amava guardar cada atitude que era me dada, eu zelava por elas, não eram muitas, porém eram preciosas e cada um tinha um inigualável valor. O tempo passou e sem que eu pedisse, afinal eu nunca fui muito bom em pedir as coisas, começaram a me dar desculpas. Prontamente eu estranhei, porém as aceitava, o que mais eu poderia fazer? E as colocava junto as atitudes no meu armário, e cada dia mais a coleção aumentava e chegou ao ponto de me fazer sentir falta das atitudes. Continua...


O primeiro conceito que embracei como princípio foi o da autenticidade, de cara parece meio estranho, porém de certa forma esse conceito fala por si só, mas vamos clarear um pouco os pontos de vistas (hahahaha).
Imagine que dentro da sua realidade você é a terra e todos as outras pessoas e situações são as estrelas, planetas e satélites dispostos no sistema solar. Já tem um bom tempo dentro da ciência que ficou claro que é a terra que gira em torno do sol e não o contrário, porém o ponto de vista de quem está na terra não favorece esse pensamento.

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Era uma vez – era uma vez? Que clichê – um casal ou pelo menos parecia ser um casal, eram estranhos aos olhos da maioria, entretanto felizes. O amor ao psicodélico, ao novo, a liberdade eram vívidos na relação entre os dois. No entanto o contato dos dois com o mundo externo era pouco, quase nada, o mundo deles era de compreensão, entendimento, bem estar. Tinham conhecimento do que era o bem, mas não do que era mal, não existia o mal. Era o que se dizia ser “perfeito”. Esse mundo era suficiente para tal casal, esse mundo era o todo em cima do nada, do nada para o tudo.

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É possível desconstruir sem destruir? Sim, chega um momento na vida que todos devem passar: a desconstrução das crenças. Coloque numa sacola tudo o que você acredita, todos os seus conceitos de mundo, tudo o que norteou a sua vida até esse momento e vá tirando um por um, faça perguntas à cada um deles, procure saber de onde vieram e porquê vieram.

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Sabe quando você vai começar um artigo científico, aí coloca a "introdução" e fica horas sem saber por onde começar? Bem não foi assim.
Há um tempo atrás, bem atrás, quando ainda estava no ensino médio e entre várias brincadeiras, uma se destacou bastante, porque toda às vezes que falávamos algo meio estranho ou que era diferente, eu dizia "Eita, diário de um maníaco isso em". Um tempo depois ao gerenciar e fazer "crescer" páginas no Facebook, eu criei uma chamada "Diário de m Maníaco" e deixei lá esquecida, daí dando aquela revirada e olhando tudo, a encontrei com 60 curtidas aproximadamente, totalmente esquecida. No mesmo quando fui tomar um banho, veio várias e vários temas que eu poderia escrever a respeito em possível "diário", que claro, não será tão diário assim, porém será o mais frequente possível.
Ainda dentro do tema introdutório, acho válido falar um pouco sobre o eu-lírico que percorrerá as postagem. Dentro do universo desse start, ele cursa Administração, tem 19 anos, tem planos empreendedores, é um amante do novo e da diferenciação, aqui e acolá viveu algumas realidades, gosta da formulação do novo pensamento e se admira com a arte e capacidade humana de produção.
Espero poder continuar com um ritmo de postagens agradáveis, trazendo temas com discussões e soluções baseadas no que vi e vivi, estando sempre aberto para sugestões e formulações de novos conceitos e perguntas para a vida.
As manifestações de rua de junho de 2013 em mais de 140 cidades do país, que completam um ano neste mês de junho, tiveram forte repercussão no meio político. Tanto no Executivo quanto no Legislativo foram anunciadas medidas como resposta à voz das ruas.
A presidente Dilma Rousseff chegou a fazer pronunciamento em rede nacional defendendo a reforma política e anunciando um pacto para ser discutido com governadores e prefeitos para melhoria dos serviços públicos.
No Congresso Nacional, deputados e senadores criaram a chamada “agenda positiva”, que colocou na pauta dos congressistas dezenas de projetos de lei de apelo popular.
Ministros de estado também usaram os protestos como mote para acelerar a implantação de programas de governo. Nos discursos, prevaleceu o tom de ouvir a voz das ruas e condenar ações violentas.
Veja algumas das declarações de autoridades sobre os protestos:
Eu quero repetir que o meu governo está ouvindo as vozes democráticas que pedem mudança. Eu quero dizer a vocês que foram, pacificamente, às ruas: eu estou ouvindo vocês!"
Dilma Rousseff
Presidente Dilma Rousseff
(21 de junho de 2013)
"Eu quero repetir que o meu governo está ouvindo as vozes democráticas que pedem mudança. Eu quero dizer a vocês que foram, pacificamente, às ruas: eu estou ouvindo vocês! E não vou transigir com a violência e a arruaça. Anuncio que vou receber os líderes das manifestações pacíficas, os representantes das organizações de jovens, das entidades sindicais, dos movimentos de trabalhadores, das associações populares. Precisamos de suas contribuições, reflexões e experiências. De sua energia e criatividade, de sua aposta no futuro e de sua capacidade de questionar erros do passado e do presente."
Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa
(25 de junho de 2013)
"Eu disse [à presidente Dilma Rousseff] que há sentimento difuso na sociedade brasileira e eu, como cidadão, penso assim: há vontade do povo brasileiro, principalmente os mais esclarecidos, de diminuir ou mitigar o peso – volto a dizer, diminuir ou mitigar e não suprimir –, o peso dos partidos políticos sobre a vida política do país. Essa parece ser uma questão chave em tudo que vem ocorrendo no Brasil [...]. O que temos que ter é a consciência clara de que há necessidade no Brasil de incluir o povo nas discussões sobre reformas. O Brasil está cansado de reformas de cúpula. Temos que trazer o povo para a discussão e não continuarmos com essa tradição de conchavos de cúpula."
Há vontade do povo brasileiro, principalmente os mais esclarecidos, de diminuir ou mitigar o peso – volto a dizer, diminuir ou mitigar e não suprimir –, o peso dos partidos políticos sobre a vida política do país."
Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal
Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo
(19 de junho de 2013)
"No Brasil, nós conquistamos a liberdade de manifestação como um direito constitucional, é um direito intocável.  Nós, como governantes, temos que ouvir. Claro que isso não significa concordar com abusos de qualquer natureza, violência contra pessoas, por pequenos grupos seja por excessos que possa ter de manifestantes ou de polícias. Não podemos concordar com abusos de poucos."
Ex-ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota
(19 de junho de 2013)
"As manifestações tem sido pacíficas, predominantemente. Podem ter ocorrido episódios de violência aqui e ali, e, claro, as forças de segurança tinham que estar preparadas pois havia um grande número de pessoas envolvidas. Nossa expectativa é que eles continuem manifestando pacificamente."
Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)
(25 de junho de 2013)
"Sou um adepto, como todos sabem, das consultas mais assíduas à população, notadamente nos temas mais controversos. Há uma necessidade de ampliarmos, como todos sabem, os mecanismos da democracia direta e da democracia participativa."
O que fica disso tudo é uma clareza maior em relação às dificuldade que o Brasil vive no custo de vida com o retorno da inflação, a educação de baixíssima qualidade, um transporte que não avançou absolutamente nada ao longo dos últimos anos, uma saúde trágica."
Senado Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato a presidente da República
Presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
(20 de junho de 2013)
“Acho que foram manifestações pacíficas, em grande parte, ordeiras, democráticas, respeitosas. Aqui e acolá, minorias que não representam a vontade do povo brasileiro praticaram algumas desordens, mas não foi esse o sentimento e a leitura abrangente que tivemos. Essa Casa tem o dever, por ser a Casa do povo brasileiro, de registrá-las e interpretá-las e fazer a leitura correta e dar portanto a sua colaboração, o que nós faremos amanhã e nos próximos dias.”

Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT)
(14 de junho de 2013)
“Eu acredito que São Paulo convive muito bem com a democracia pacífica, com manifestações, protestos e contestações, mas não convive bem com a violência. Então quando há violência por parte dos manifestantes, como foi o caso do policial agredido, a população repudiou. Quando há abuso policial, também a população repudia.”
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República
(17 de junho de 2013)
"Ninguém em sã consciência pode ser contra manifestações da sociedade civil porque a democracia não é um pacto de silêncio, mas sim a sociedade em movimentação em busca de novas conquistas."
Quem entendeu o que as ruas do Brasil em alto e bom som disseram, quem entendeu o que aconteceu no Brasil em junho, não tem nenhuma dificuldade de entender o que ocorre aqui hoje. O que ocorre aqui hoje é o desejo de discutir o Brasil."
Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e pré-candidato a presidente da República
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República
(18 de junho de 2013)
“É importante que as pessoas mais jovens, e não só os jovens, expressem suas vontades, mesmo que não saibam muito bem para que lado vão e que sejam muito díspares as suas vontades. É claro que a partir daí os que são responsáveis, os que estão no governo, têm que perceber: as coisas não estão tão bem quanto eles pensam”, afirmou.
Pré-candidato à Presidência da República Aécio Neves
(18 de junho de 2013)
“O que fica disso tudo é uma clareza maior em relação às dificuldade que o Brasil vive no custo de vida com o retorno da inflação, a educação de baixíssima qualidade, um transporte que não avançou absolutamente nada ao longo dos últimos anos, uma saúde trágica. Um conjunto de indicadores que preocupam fundamentalmente aqueles que vivem com maiores dificuldades.”
Pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos
(5 de outubro de 2013)
“Quem entendeu o que as ruas do Brasil em alto e bom som disseram, quem entendeu o que aconteceu no Brasil em junho, não tem nenhuma dificuldade de entender o que ocorre aqui hoje. O que ocorre aqui hoje é o desejo de discutir o Brasil. [...] Quero melhorar a politica, alguém que traga pureza, que traga a voz das ruas. Tenho clareza que nós aqui estamos recebendo a Rede no PSB para fazer aliança programática porque reconhecemos a Rede como algo necessário para melhorar a política no Brasil.”



http://s2.glbimg.com/FcW3CAmMg4xOooP8YblxbUovnes=/300x225/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/06/15/lulanoptsp346.jpgO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (15) que o PT deverá neste ano fazer uma "campanha da esperança contra o ódio", ao falar sobre críticas contra o partido e a presidente Dilma Rousseff. Durante convenção que oficializou o ex-ministro Alexandre Padilha como candidato ao governo de São Paulo, ele também disse que a campanha deverá ter "uma boa dosagem de debate ideológico nesse país".
"Nós estamos fazendo uma campanha atípica, perigosa, porque se em 2002 fizemos uma campanha da esperança contra o medo, agora é da esperança contra o ódio", afirmou Lula, se referindo a xingamentos de parte da torcida a Dilma no jogo de abertura da Copa. "Foi falado palavrão de um setor em que as pessoas não sabem o que é a palavra 'calo na mão', porque aquelas pessoas tinham cara de tudo, menos cara de trabalhadores desse país", afirmou.
Foi falado palavrão de um setor em que as pessoas não sabem o que é a palavra 'calo na mão', porque aquelas pessoas tinham cara de tudo, menos cara de trabalhadores desse país"
Lula
Apesar da presença de Lula, do prefeito Fernando Haddad e do senador Eduardo Suplicy, que busca a reeleição, o evento não contou com presidente Dilma Rousseff, que cancelou a viagem na tarde de sábado (14) e permaneceu em Brasília.
Lula disse que o sentimento negativo em relação ao PT vem da "elite conservadora", segundo ele, incomodada com a ascensão social. "Não todos, mas algumas pessoas se incomodam com pobre entrando em restaurante, ou passeando no Parque Ibirapuera, indo para o teatro, agora que temos o vale-cultura, andando de avião. Uma parte do ódio está nisso e não é de toda elite, não, mas é de uma parte conservadora", afirmou.
Após mencionar realizações de várias administrações locais e estaduais do PT desde sua fundação, Lula disse que o PT mudou o "padrão de governança" e "mostrou para a elite desse pais que a gente pode governar melhor do que eles".
Em boa parte de seu discurso, Lula criticou os governos do PSDB e rebateu declarações dos adversários realizadas neste sábado na convenção que oficializou a candidatura de Aécio Neves à Presidência da República.

"Agora, ontem o candidato dizia 'Vai ter um tsunami que vai varrer o PT do Brasil'. Ora, por que que eles não colocam o tsunami para trazer água de volta para o Sistema Cantareira, que seria muito mais fácil, que estaria ao alcance deles?", afirmou, em referência à crise no abastecimento de água na capital paulista.
Em outro momento, Lula abordou a corrupção, dizendo que "tem muita gente do PT que fica agoniada" com o tema e "que deixa muita gente com veronha". O ex-presidente então disse que o governo petista foi o que mais criou mecanismo de combate à corrupção, argumentando que investiu na Polícia Federal para investigar e garantias ao Ministério Público.
Depois, sem citar o nome, fez uma referência ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Ainda ontem na convenção deles vi o ex-presidente falar com a maior desfaçatez 'é preciso acabar com a corrupção'. Ele devia dizer quem é que estabeleceu a maior promiscuidade entre Executivo e Congresso Nacional quando ele começou a comprar voto para ser aprovada a reeleição em 1996", afirmou.

 http://wscdn.bbc.co.uk/worldservice/assets/images/2014/06/13/140613090124_policia_sao_paulo_624x351_getty.jpg
Com as atenções voltadas para a abertura da Copa do Mundo, a ação da polícia contra os protestos em São Paulo também foi - ao lado do desempenho da seleção brasileiro em seu jogo de estreia - alvo de críticas pela imprensa internacional.
O diário americano New York Times afirma que, após o uso excessivo de força dos agentes para impedir que manifestantes chegassem perto do Itaquerão, a ação da polícia estará "sob escrutínio".
Segundo o jornal, a revolta pela violência da polícia para reprimir os protestos de junho de 2013 acabou servindo de catalisador para as demonstrações em massa que se seguiram.
"Com as atenções da mídia internacional voltadas para o Brasil e a polícia sob escrutínio durante a Copa, o desafio para as autoridades será conter os protestos sem inflamá-los", avalia o NY Times.
O jornal traz uma foto de um manifestante que, mesmo depois de imobilizado por policiais, leva um jato de spray de pimenta no rosto.
E destaca ainda, também com imagens, que uma jornalista da rede americana CNN ficou ferida após ser atingida por uma granada (de efeito moral) lançada pela polícia.
Dilma
Já o jornal britânico The Guardian, que descreveu a cerimônia de abertura como "decepcionante", destacou que enquanto manifestantes eram combatidos nas ruas com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, a Fifa dizia a jornalistas dentro do estádio que principal objetivo seria o de "promover a paz mundial".
Ainda na Grã-Bretanha, o diário financeiro Financial Times afirma que a atmosfera de carnaval proporcionada pela vitória ofereceu pouco conforto à presidente Dilma Rousseff, que foi vaiada ao aparecer no telão do estádio comemorando o gol de pênalti marcado por Neymar.
O jornal diz que a presidente, que não se sentiu confiante para discursar na abertura, está "desesperada" pelo sucesso da Copa meses antes de disputar a reeleição em outubro.

Fonte: BBC Brasil